<REVISTA TEXTO DIGITAL>
ISSN 1807-9288
- ano 3 n.1 2007 –
http://www.textodigital.ufsc.br/
AZEVEDO, W. Desmaterialização
sígnica como produto da escritura expandida. Texto Digital, Florianópolis, ano 3, n. 1, Julho
2007.
DESMATERIALIZAÇÃO
SÍGNICA COMO PRODUTO DA ESCRITURA EXPANDIDA
SIGNICAL
DEMATERIALIZATION AS A PRODUCT OF EXPANDED WRITING
Wilton Azevedo
Doutor
em Comunicação e Semiótica
Universidade
Presbiteriana Mackenzie
São
Paulo, Brasil
RESUMO: A literatura como processo do
imaginário psíquico narrativo e sua eloqüência é mais conhecimento que ciência,
e desta forma a lingüística acaba por cumprir este estado científico com o
aprofundamento da análise do código verbal e sua sintaxe. A hipermídia lança
mão de outras formas de análise e uma outra maneira de se interpretar esta
escritura: a digital. Esta nova escritura nos faz perceber que a característica
expandida no ambiente hipermídia, destrói de vez a idéia de que as linguagens
são constituídas de sistema matricial, para isso, ressalto a importância do
poema processo de Wlademir Dias Pino (1972) não só
como percussor da imaterialidade da palavra, mas principalmente de colocar o
poema processo como fator antecipado da escritura em expansão.
PALAVRAS-CHAVE: Hipermídia. Poesia.
ABSTRACT: Literature as a process of the psychic narrative imaginary and its
eloquence is more knowledge than science, and in this manner linguistics carry
out the scientific state with the examination of the analyses of the verbal
code syntax. Hypermedia utilizes other forms of analyses and another ways of
interpreting this writing: the digital. This new writing brings us to perceive
that the expanded characteristic in the hypermedia environment destroy the idea
that languages are constructed from a matrix system, for this, I emphasize the
importance of Wlademir Dias Pino’s
process poem (1972) not only as the precursor of the word’s immateriality, but
mainly by placing the process poem as an anticipated factor of writing in
expansion.
KEYWORDS: Hypermidia. Poetry.
“ O que é o cérebro humano, senão um palimpsesto imenso
e natural? Meu cérebro é um palimpsesto e o vosso também, leitor. Grandes
camadas de idéias e imagens, de sentimentos, caíram sucessivamente sobre o
vosso cérebro, com a mesma suavidade da luz. A impressão era de que cada uma
sepultava a precedente. Mas nenhuma perece, na realidade.”
(Charles Baudelaire)
Sabemos que a escrita humana nasceu sobre as
pedras, e para cravar estes sinais cifrados, fomos obrigados a ter ao nosso
lado a tecnologia do estilete levando a cabo a palavra
estilo para os dias de hoje. Da
mesma forma como
o rolo de papiro era belo de se admirar e extremamente difícil para ser
guardar, utilizar, e com tamanho limitado para armazenar, a criação tecnológica
nunca deixou de ser dispensada para que pudéssemos escrever.
Este registrar trouxe para a humanidade uma
cultura mnemotécnica, e passamos a adquirir
conhecimento sem a necessidade de ter que memorizá-las, ou muitas vezes sem
conhecê-las presencialmente,
pois bastava recorrer novamente ao que estaria cravado, escrito -
códice. (O´Donnell, 2000, p.
62)
A idéia de códice foi uma das primeiras
tecnologias da escrita que permitiu que pudéssemos acessar um texto de nossa
preferência, sem necessariamente termos que nos utilizar de métodos lineares e
não lineares através das escolhas dos capítulos. Para isso a paginação e a
possibilidade de uma escolha reativa sobre o meio, não é e nunca foi privilégio
dos sistemas digitais.
Com isto observamos que muito do que pensamos
ser privilegio da
linguagem hipermídia, não o é.
O codex já
possibilitava a:
a)
A não linearidade
b)
Sistemas reativos para escolha de textos.
c)
A interxtualidade, o dialogismo com outros códigos.
d)
A
possibilidade da oralidade e o dado móvel verbal.
Ou seja, nada disso é novidade por causa do
mundo digital.
Como aponta James O’Donnell (2000), mesmo com a invenção da imprensa e
com todas as suas mudanças tecnológicas da reprodução, não conseguimos mudar
algumas coisas essenciais deste suporte que é o livro,
Apesar de que hubo interrupciones profundas, la
comunidad fundamental de productores e usuários de textos permaneció bastante
fija: el clero e los aristocratas. Algunos
ex monjes se convertieron seguramente em profesores de universidad (Lutero
es um ejemplo claro),pero la continuidad de la comunidad de textos se
intensifico al máximo. El códice conservo la forma externa del libro y las
técnicas que explotaron su poder em los últimos años de uma cultura
exclusivamente manuscrita fueron perfeccionadas y no sustituidas (O’DONNELL, 2000, p. 49-50)
A poesia hipermídia, Interpoesia, nos paira ainda como algo a ser descoberto
pelo seu exercício experimental do ato de fazê-la, mas este fazer não pode
estar apenas nas práticas tecnologicas de software
para software, em um uso constante na intenção de mostrar sua versatilidade , e sim o fazer crítico, para não deixar
perecê-la pela novidade.
As experiências sempre foram abertas no
sentido do dialogismo entre a mesmice e o
estranhamento, e desaparecendo este conflito depois da linguagem digital pairar
como suporte da produção poética, tem hoje um espaço internacional
contemporâneo, principalmente depois dos
poemas concretos.
Mas com certeza não foram
apenas estes passos dados com muito trabalho que nos colocou no mapa
internacional da poética e tecnologia. É óbvio que não.
O que tem faltado no Brasil
é uma ampla discussão sobre poética e o que nos trouxe para o campo do suporte
digital a praticar esta forma de poesia e poemas ainda não esclarecidos através
de pesquisas. Com grandes equívocos, sem sepultarmos o que já foi feito, não
vejo ultimamente por parte das principais instituições de pesquisa, trazer a
poesia digital no Brasil para um plano não apenas de visibilidade, mas
principalmente de critica e discussão, a um lugar que com todo mérito já nos
fazemos respeitados no exterior.
Se quisermos enterrar de vez
o que deixamos de pesquisar, sugiro que o façamos em lugar certo. Começando
pelos exercícios lexicais das legendas em forma de palavras e logografias preconizado por Wlademir
Dias Pino no Poema Processo[1],
os poemas holográficos executado por Moysés Baumstein e Fernando Eugênio Catta-Pretta, traduzindo poesia
concreta para o espaço virtual, os poemas sonoros e visuais de Philadelpho Meneses, e os
poemas-lasers de Augusto de Campos em 1991, raios lasers de traduzidos
para o éter junto com Haroldo de Campos, para então tentarmos entender quais
são os poetas e as poesias que operam a mídia digital em seu amplo sentido hipermidiático.
O uso da tecnologia em
poemas de autores brasileiros, não se detecta em seus manifestos, e sim no
caminho natural que estas formas poéticas foram tomando,
o que torna mais difícil um recorte teórico em saber quais destas correntes
preconizaram o conceito de hipermídia antes que se pensasse o software como forma de produção poética.
Seqüência do Atame: A
Angustia do Precário – 2007 – Wlton Azevedo - (UnderLab)
Não é minha preocupação
neste texto, este levantamento histórico, espero que um dia alguém
o façam de maneira correta, mas em apontar a verdadeira importância para
um recortes relevantes de nossa poesia, que foi o surgimento do Poema Processo
como forma primordial da antevisão dos sistemas ideogramáticos
da hipermídia.
Quando realizei o Interpoesia (1997) sabia que este trabalho fora gerado em
um sistema que levava em consideração muito mais o ponto de vista de sua
escritura do que da escrita, mais próxima ao poema processo
e seus conceitos, do que a um nicho específico noigandrezianio[2]
e a própria poesia concreta pertencente a outros poetas que acabaram por ficar
a margem.
Quando menciono tecnologia em
poesia, não estou falando de realidade virtual, e nem tão pouco de cinema
interativo ou disponibilização em rede para pratica
interativa, estou chamando a atenção para a importância do fazer poético no suporte digital
detectando o que possibilitou a
transição entre: a escrita e sua oralidade, e a imagem potencializada em
sua mutação, e o som como movimento espacializado,
tudo contido em um sistema de escritura expandida.
Esta nova escritura nos faz
perceber que a característica de uma escritura em expansão destrói de vez a
idéia de que as linguagens são constituídas de sistema matricial, por isso
ressalto a importância do poema processo:
Segundo Dias-Pino, poema processo[3],
“é aquele que a cada
nova experiência, inaugura processos informacionais
(...) o poema resolve-se por si mesmo, desencadeando-se (projeto), não
necessitando de interpretação para sua justificação”.
E continua,
Poema
processo é a consciência diante de novas linguagens [...] Não se trata, como
alguns poderiam pensar, de um combate rígido r gratuito ao signo verbal, mas de
uma exploração planificada das possibilidades encerradas em outros signos ( não verbais). A leitura é conseguida pela transparência do
papel , desenvolvida até a transparência total que é a
perfuração. Ao tratar do problema da transparência atinge-se uma problemática oposta de
superposição de informação: isto impede a figuração pelo excesso de ruído que
causaria.
Po e-Machine 2006. Wilton
Azevedo (UnderLab)
A idéia de abrir a poesia no
transito de novas conquistas tecnológicas faz parte da exegese poética, nesta
direção que Philadelpho Meneses propunha
incessantemente a idéia da poesia intersignos, uma
poesia que se utilizasse principalmente de componentes gráficos e sonoros, o
que deu origem alguns anos depois à prática deste conceito na hipermídia no
CD-ROM Interpoesia: Poesia Hipermídia Interativa
(2000) de nossa autoria, e também no Looppoesia
(2004).
As especificidades dos sistemas de linguagem no
que chamamos tradicionais e o que conhecemos como digitais tornaram cada vez
mais evidente, que falar de produção de linguagem e sua disseminação é falar de um complexo tecnológico, isto porque, um código
sempre vai precisar de uma tecnologia que o sustente. Em termos semióticos para
ser disseminado, o que antes era visto; como aparato tecnológico intermediador, hoje podemos perceber que é parte de uma
escritura interpoética
Technically,
for Landow, hypertext can be defined as a technology
of text put into a web that can make clear the intertextuality
inherent in literary works. (MENESES & AZEVEDO), 2004, p. 200)
Para analisarmos estas mudanças, teremos que
levar em consideração um argumento que defendo desde o Colloquium
de Cerisy
O método usado para percebermos este articular sígnico é o da prática poética nos ambientes da hipermídia,
e é aí que percebemos os autores que trabalham a tecnologia como escritura e
aqueles que por problema de formação vêem a poesia nestes ambientes como
pratica tecnológicas e acabam confundido escrita
digital com escritura digital.
Chamemos então a atenção para a atemporalidade destes produtos de poéticas digitais. Não há
nada a ver com o conceito de codex; quem escolhe
estes ambientes da hipermídia apenas para escrever e criar textos como
informação – datum
- está criando um banco de dados, o que é uma pequenina parte do conceito de
hipermídia.
Na realidade esta pratica como dizia Meneses
(2004)”[...]Trespasses the limits
of the verbal sign itself” (2004, p. 201).
Este exercício de composição em que faz surgir
formação sígnica que se integram para se expandir,
faz com que as diferentes linguagens desapareçam formando uma espécie de pulsar e quasar da linguagem humana,
porque não há aqui uma tecnologia que media ou inter
media, e sim uma tecnologia que insere e intervém, alterando os signos como
processo em sistema de escritura, os dados – datum – como parte de um sistema,
e a articulação dos algoritmos – mathematic models – como poesia. Se não conseguirmos ver por este
ângulo, estaremos perdendo um tempo enorme em reviver o “já feito” apenas de
maneira mais precisa.
A programação passa a ser parte integrante
desta escritura, em que os três códigos predominantes se integram quando
pensamos em um método para realizá-lo, e
se expandem quando começamos a programá-los. O resultado final é um produto que
não conta histórias, não nos traz para a sensação do signo admirável, não há
imagens inteiras, ou seja, há um núcleo de signos se expandindo criando um
corpo virtual que existe potencialmente como poética, mas nunca estará pronto,
definido, acabado ou reconhecido, e isto para a espécie humana que crivou
sinais e inventou tecnologias para seu
memorial passa a ser difícil de aceitar.
Os aspectos culturais quanto à credibilidade da
compreensão e a produção de conhecimento estavam ligados apenas à tecnologia da
escrita, como questiona Alberto Manguel (1997).
Assim, veremos que as tentativas de uma prática semiótica nos tornam atentos ao
fato de que o código verbal, como agente articulador de signos – software -,
fez mudar seu referencial de arbitrariedade deste “vir a ser” histórico
como forma de registro. Com o mundo da escritura numérica advindo da cultura
dos suportes digitais, a linguagem verbal, que tem como modelo um alfabeto,
teve sua práxis há muito
transformada na obtenção para o que
chamar de conteúdo analítico. Com esta tradição, notamos que o algoritmo nada
mais é do que uma escritura que, a cada dia, deixa de ser um modelo matemático
de simulação, passando à condição de intercódigo
hipermídia ou escritura expandida. (Azevedo, 2004: 7)
1
DESMATERIALIZAÇÃO E MEMÓRIA
Com isso a poesia hipermídia estabelece mais
que uma relação entre relação os códigos e seus registros, sonoro, verbal e
visual, passamos a notar que as justaposições de palavras passam a não ter
vinculo com uma estrutura sintática tradicional, este sacrifício de
inteligibilidade que se nota por este fazer poético - a priori - é apenas um índice desta articulação de linguagem e sua
leitura pode ser feta de acordo com a capacidade de
memorização das seqüências e seu aspecto de não interinidade.
Os meios digitais estão autorizando cada vez
mais esta poética, a interdependência mútua e a responsabilidade compartilhada
entre leitor e poeta, e poesia, a exploração deste novo processo, nada tem a
ver com o sistema antes impresso.
Neste mesmo sentido já histórico o conceito de
desmaterialização segue um novo rumo no tocante à memória, o que compreendíamos
como modo de transmissão do saber e do conhecimento, começa a sofrer mudanças
nas atividades intelectuais.
O fato da escrita se desmaterializar e sua
multiplicidade ter como limite um moto perpetum em sua escritura, traz o fazer poético e sua
aquisição estarem agora não mais a serviços de: manifestos, grupos de poetas e
artistas, e sim na expansão que essa linguagem passa a ocupar em sua rede,
tendo a máquina como coeficiente da escritura expandida, sem horário
estipulado, sem instituição para sua credibilidade, e sem que os vencedores
tenham seus textos como tabula rasa, é um outra forma de expressão que dispensa o conceito
equivocado de híbrido, é uma escritura que vai em sentido contrário da
aglutinação para sua visibilidade, é um sistema semiótico que traz para o que chamamos
até então de abstração, só que ao se expandir no ambiente da hipermídia não se
faz mais a necessidade de distinguir mais o
fazer e o abstrair esta distinção passa a ser mesma coisa.
Po e-Machine (memória) 2006.
Wilton Azevedo (UnderLab)
Assim o conceito de interpoesia
traz para o sentido poético, questões que antes estavam destinados apenas para
a filosofia, como a aquisição do saber e a do conhecimento. No ambiente da
hipermídia, estes conceitos encontra a ambiência ideal para uma pratica intelectual,
mas agora este produto não se faz da eloqüência finita de nossa fala ou de
argumentos de retórica, e sim em uma meta discurso, ou melhor, um interdiscurso
dispensando a cultura da impressão: “Cést douze ou treize siècles avant la nouvelle
technique que le livre occidental trouve la forme qui demeurera
la sienne dans la culture
de l´imprimé”( CHARTIER apud DUCARD, 2004, p. 124).
Sem duvida toda a cultura virtual ligado ao
significado de uma palavra, desde Sausurre, se torna
imperativo com a numeralização algorítmica do texto,
é um avatar que se apresenta de maneira ilimitada
como escreve Ducard (2004: 124), citando Paul Valéry:
Machine à lire.
2 PO E-MACHINE: A MÁQUINA DA DESMATERIALIDADE
POÉTICO
Performance Pó e-Machine
no FILE –Festival Internacional de Linguagem Eletrônica 2006. (Imagem 1 e 2).
Em janeiro de 2006 comecei a
trabalhar em um novo conceito de interpoesia
performática. A idéia do Pó e-Machine é trazer os
sistemas interativos em uma só escritura expandida mais que um diálogo - parte em tempo real, parte pré-gravado (samplers) – fazendo parte do coeficiente poético em suporte
digital e seu ambiente “do provável”.
Sequência do Po
e-Machine 2006. Wilton
Azevedo (UnderLab)
A montagem do Pó e-Machine[5]
envolve quatro etapas:
1.
A leitura de poemas desconstruídos
em tempo real.
2.
Poemas sonoros pré-gravados no estúdio e sampleados em tempo real.
3.
Vídeos, textos e sons interativos em um formato que
dialogue com a leitura em tempo real e o som sampleado.
4.
No computador há sons que se permutam com vozes
Pré-gravadas
Esta montagem exigiu um sentido de
articulação, pois conta com o tempo real como uma “fala”, um poema vivo, articula
e gesticula signos em movimentos na tela e se complete com a leitura e os sons sampleados com vídeos e textos inseridos ao mesmo tempo
durante a apresentação.
REFERÊNCIAS
Azevedo, Wilton. Textes poétiques
hypermédia: un écrit en expansion. In: BALPE, P. JEAN; BARROS, Manuela de
(Orgs.). Lárt a-t-il besoin du
numérique?. Colloque de Cerisy. Paris:
Lavoisier, 2006, p. 201-12.
Dias-Pino, Wlademir.
Processo: linguagem & comunicação. Petrópolis: Vozes, 19--.
Ducard, Dominique. De
mémoire d´hypertexte. In : Roelens, Nathalie ;
Jenneret, Yves. L’IÍmaginaeire de L´ÉEcran/ Screen Imaginary. Edition Rodopi B. V. Amsterdam, 2004.
Meneses, Philadelpho ;
Azevedo,
O’Donnell, James. Avatares de las palabras: del papiro al ciberespacio . Editorial Paidós, Buenos Aires, 2000.
<REVISTA TEXTO
DIGITAL>
[1] Alerto que para toda
citação referente a Wlademir Dias-Pino, seu livro
Processo: Linguagem Comunicação. Editora
Vozes, Petrópolis, Rio de Janeiro, não tem referência de ano e nem número de
página, o que torna difícil a fonte. Este livro, segundo o autor me disse em
entrevista concedida no Rio de Janeiro em março de 2006 no Hotel Othon Leme, é de 1972.
[2] Aqui me refiro ao grupo
NOIGANDRES criado por Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari.
de 1952 e é dessa data o surgimento da Revista Noigrandes
1. O lançamento oficial da Poesia Concreta foi em 1956, e o Plano Piloto para
Poesia Concreta é de 1958.
[3] Em 1956 Dias-Pino trás como
novidade informacional o livro AVE em que a proposta era criar“uma
leitura sem intervalos: “O livro recebeu um tratamento de máquina, com suas
folhas soltas, perfuradas, cortadas,
codificada em séries etc., quase ao ponto de ser um computador de bolso.”
[4] Este texto esta publicado em L´art a-t-il besoin
du numérique? Colloque de Cerisy . Org. Jean
Pierre Balpe e Manuela Barros. Lavoisier, Paris.
2006.
[5] Po e-Machine foi apresentado no Hipersônica 2006, evento este
que faz parte do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletronica